As disputas no esporte também são políticas
As disputas no esporte também são políticas. Há uma ingenuidade de dizer que esporte é neutro. É muito além. Mohammad Ali, por exemplo, sabia disso, sabia da potência existente ali e usou isso ao seu favor. As lutas são espaço de potência, trabalham o corpo e também a mente. Se apropriar desses espaços é não permitir deixá-los à esmo para que fascistas usem as lutas à seu favor, com um suposto discurso de neutralidade. Nessas eleições vimos isso em diversos meios das lutas, lutadores e lutadoras colocando o seu posicionamento político à favor de um genocida. O que propomos é o caminho oposto: tenha a coragem de se posicionar. Se aproprie desses espaços. Mostre quem você é. Cabeça erguida, antifascismo no peito. Lutar no ringue, no tatame e também na vida, sem receio de demonstrar qual o seu lado nessa luta. O primeiro passo para o combate é o enfrentamento, é a não entrega. A luta autônoma contra o fascismo importa. Um espaço tão potente quanto o das lutas não pode ser um espaço potente para a ascensão do fascismo. A proposta, portanto, é: construir um caminho oposto dos que são racistas, homofóbicos, machistas. Transformar o espaço da luta um espaço agregador, que permita que todas e todos desenvolvam suas potências. Por uma vida sem fascismo. Por um ringue sem fascismo. Por um tatame sem fascismo.
16/12/2018